Sobre pesquisas eleitorais -
Continuo duvidando da metologia e dos resultados da pesquisa divulgada. Pesquisa eleitoral fora de época demonstra interesse escuso. Aliás, temos eleições para prefeito este ano, mas a moda golpista que predomina é pesquisar sobre intensões presidenciais.
É preciso questionar.
Quem banca a pesquisa? Foi registrada no TSE? Qual a metodologia? Quais perguntas com quais enfoques?
Que isenção teria para fazer e divulgar pesquisa um jornal, um grupo empresarial que declara apoio ao golpe, primeiro via impeachment e depois via renuncia em editorial. Portanto, é preciso ler e interpretar esta pesquisa sabendo que trata-se de uma pesquisa produzida e publicada por alguém a favor do Golpe.
Mas é curioso atentar para alguns detalhes.
Por exemplo, o que explicaria em um mês, uma diferença de 9% em relação aos que supostamente querem o golpe? Estranho não é! Qual delas estariam mais próximo da realidade?
Por que só agora a pesquisa detectou a queda de Aécio Neves? O mesmo político que não consegue, já há algum tempo, sequer falar nos atos da própria direita.
E a Marina Silva o que explica manter essa posição ela que continua sem posição formada sobre tudo.
A pesquisa vem em ato continuo, fazer com que o editorial do jornal que pediu a renuncia há duas semanas faça algum sentido, de repente, justificando para si própria a decisão tomada pelo golpe: "Maioria quer que Dilma e Temer saiam, mostra pesquisa Datafolha".
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Cai apoio pelo golpe, ainda assim considerando o resultado total somando os votos do Aécio, brancos, nulos e abstenções, Dilma continua sendo apoiada pelos seus 54 milhões de eleitores. Seria todos os não eleitores de Dilma a favor de uma ruptura democrática no escuro contra uma mulher honesta sem crime algum ou histórico de crimes como tem boa parte dos políticos da velha direita? |
No mais, a pesquisa admite o obvio: Lula é um ícone político. Apesar de todas as difamações e acusações sumárias por parte dos grandes meios de comunicações em parceria com a Operação Lava a Jato ele continua sendo o favorito para 2018.
Já Michel Temer, vendido em manchetes como o Estadista não decolou e o próximo na linha sucessória: Eduardo Cunha conta com com o apoio de 3 em cada 4 pessoas pela sua cassação, que não anda no congresso. O golpe é presido na Câmara por um deputado já deveria ter sido cassado.
Mais um sinal de que não há lógica no resultado na pesquisa, pois 77% querem Cunha Fora, e 60% destes aceitariam Dilma ser julgada por ele num processo de impedimento. Estranho?
São fatores e variáveis que complica ainda mais a dinâmica do Golpe.
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Gráfico Folha: O Estadista sem apoio deveria ser a novidade noticiada |
Conclusão: O golpe continua na sala. Temer não é a solução. Os golpistas temem Lula e temem eleição. As pesquisas continuam manipuladas. Os movimentos sociais devem continuar as suas mobilizações, e os meios de comunicações alternativos e de pesquisas alternativas precisam ser consolidados e potencializados.
Fator Lula em 2018 é o x da questão! Legalistas uni-vos e atentais vos para os próximos lances. O jogo será cada vez mais bruto por parte da direita que mergulhou no golpe e que já não tem condições de sair dele sem prejuízos morais e eleitorais.