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Saturday, March 12, 2016

2016, um ano que nem começou!





Um dia depois de mais uma tentativa de golpe!

05/03/2016

Cada dia fica mais claro que a escuridão permeia os dias atuais. Que as nuvens sombrias pairam sobre nossa democracia desde que soberanamente reelegemos no voto, a Presidente Dilma.
O resultado da eleição de 2014 tem sido o fator predominante das tentativas de golpe. Pela primeira vez depois de algum tempo de tranquilidade democrática, o resultado eleitoral não foi aceito pelos derrotados. Desde a proclamação do resultado vária tentativa de boicotes e questionamentos judiciais tem sido orquestrada até mesmo a recontagem dos votos.
É preciso aceitar que há sim no Brasil uma crise institucional e ela não apenas política partidária, ela é comportamental, é cultural, é estrutural, é crise entre os poderes institucionais, mas também entre os poderes antropológicos, a democracia como é estruturada parece não ser capaz de absorver os ímpetos autoritários e a intolerância presente em brigas de ruas por motivos fúteis ou no seio das instituições. Hoje não há independência entre os três poderes com harmonia, hoje parte do judiciário com o apoio da grande mídia e usando de táticas mediáveis como linchamentos e apedrejamentos decidem, ameaçam, julgam, condenam, com provas, sem provas, com lei, sem lei, é o domínio de fato, sem fato. Apenas pela vontade e interesse dos que não ganharam. É a força do Estado à margem dos princípios constitucionais.
E isso é muito grave! É evidente que ninguém é intocável, mas esta lógica deveria servir a todos numa justiça imparcial, quando os intocáveis são apenas os que ganharam a eleição, visivelmente o alvo do jato é o poder político, é tirar do governo quem venceu pelas urnas e entregar o governo para os que perderam e que são tratados como intocáveis ( tucanos são inocentes até que se provem os contrários, petistas condenados ainda que provem o contrário) essa lógica entre as paixões eleitorais, entre torcidas é antiga, agora no meio jurídico institucional não pode ser aceita.  O FLA-FLU  da política, sequer é repetido nas instancias jurídicas onde prevalece o Fla-Fla, e essa lógica no poder judiciário não condiz com o que se convencionou nos tempos atuais a chamar de justiça.
Ontem quando ouvia o blá-bá midiático de que Lula estava preso no aeroporto de Congonhas, achei estranho, seria levado de lá para Curitiba pensei, seria torturado como eram os presos da Ditadura Militar nos porões dos aeroportos. Hoje o blog do Esmael   http://www.esmaelmorais.com.br  revelou que o plano midiático jurídico era levar ele a Curitiba, não há limites para este justicialismo, termo usado nas palavras que foram  ditas ontem pelo ministro do STF  Marco Aurélio Mello: Nós, magistrados, não somos legisladores, não somos justiceiros”, disse.  “O chicote muda de mão. Não se avança atropelando regras básicas.”
O jogo tem sido bruto, o velho jogo de que se ganhar não assume, se assumir não governa, se governar tem que ser derrubado, se não for derrubado deve ser calado. O mesmo ocorreu com Juscelino, com Vargas, com Jango e de certa forma com Janio Quadros (briga interna na própria UDN)  e com muitos outros em nossa história de luta pela democracia no Brasil. É o velho jogo do poder pelo poder que tanto ameaça as conquistas do ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
Não é a liberdade de Lula ou de qualquer cidadão que está em jogo, não é a continuidade do governo Dilma somente que está em jogo, é sim a legalidade democrática, a consolidação da cultura democrática, e consequentemente da efetivação dos direitos sociais.

                                              Partido da Efetivação dos Direitos Sociais


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