Um dia depois de mais uma tentativa
de golpe!
05/03/2016
Cada dia fica mais claro que a escuridão permeia os dias atuais.
Que as nuvens sombrias pairam sobre nossa democracia desde que soberanamente reelegemos
no voto, a Presidente Dilma.
O resultado da eleição de 2014 tem sido o fator predominante
das tentativas de golpe. Pela primeira vez depois de algum tempo de tranquilidade
democrática, o resultado eleitoral não foi aceito pelos derrotados. Desde a
proclamação do resultado vária tentativa de boicotes e questionamentos
judiciais tem sido orquestrada até mesmo a recontagem dos votos.
É preciso aceitar que há sim no Brasil uma crise
institucional e ela não apenas política partidária, ela é comportamental, é
cultural, é estrutural, é crise entre os poderes institucionais, mas também
entre os poderes antropológicos, a democracia como é estruturada parece não ser
capaz de absorver os ímpetos autoritários e a intolerância presente em brigas
de ruas por motivos fúteis ou no seio das instituições. Hoje não há
independência entre os três poderes com harmonia, hoje parte do judiciário com
o apoio da grande mídia e usando de táticas mediáveis como linchamentos e apedrejamentos
decidem, ameaçam, julgam, condenam, com provas, sem provas, com lei, sem lei, é
o domínio de fato, sem fato. Apenas pela vontade e interesse dos que não
ganharam. É a força do Estado à margem dos princípios constitucionais.
E isso é muito grave! É evidente que ninguém é intocável, mas
esta lógica deveria servir a todos numa justiça imparcial, quando os intocáveis
são apenas os que ganharam a eleição, visivelmente o alvo do jato é o poder
político, é tirar do governo quem venceu pelas urnas e entregar o governo para
os que perderam e que são tratados como intocáveis ( tucanos são inocentes até
que se provem os contrários, petistas condenados ainda que provem o contrário)
essa lógica entre as paixões eleitorais, entre torcidas é antiga, agora no meio
jurídico institucional não pode ser aceita.
O FLA-FLU da política, sequer é
repetido nas instancias jurídicas onde prevalece o Fla-Fla, e essa lógica no
poder judiciário não condiz com o que se convencionou nos tempos atuais a chamar
de justiça.
Ontem quando ouvia o blá-bá midiático de que Lula estava
preso no aeroporto de Congonhas, achei estranho, seria levado de lá para
Curitiba pensei, seria torturado como eram os presos da Ditadura Militar nos
porões dos aeroportos. Hoje o blog do Esmael http://www.esmaelmorais.com.br revelou que o plano midiático jurídico era
levar ele a Curitiba, não há limites para este justicialismo, termo usado nas palavras
que foram ditas ontem pelo ministro do
STF Marco
Aurélio Mello: “Nós, magistrados, não somos legisladores, não
somos justiceiros”, disse. “O chicote muda de mão. Não se avança
atropelando regras básicas.”
O
jogo tem sido bruto, o velho jogo de que se ganhar não assume, se assumir não
governa, se governar tem que ser derrubado, se não for derrubado deve ser
calado. O mesmo ocorreu com Juscelino, com Vargas, com Jango e de certa forma
com Janio Quadros (briga interna na própria UDN) e com muitos outros em nossa história de luta
pela democracia no Brasil. É o velho jogo do poder pelo poder que tanto ameaça
as conquistas do ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
Não
é a liberdade de Lula ou de qualquer cidadão que está em jogo, não é a
continuidade do governo Dilma somente que está em jogo, é sim a legalidade
democrática, a consolidação da cultura democrática, e consequentemente da
efetivação dos direitos sociais.
Partido da Efetivação dos Direitos Sociais
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