Pesquisa IBOPE e a guerra política

Pesquisas eleitorais escondem números percentuais e interesses empresariais. Seus números devem ser analisados com o jeito mineiro de ser, desconfiado das intenções por trás dos gráficos e das divulgações.

Mas quando os números se repetem e são analisados a luz dos fatos eles podem revelar cenários escondidos a luz de velas ou nos velhos filmes Kodak analógicos. É preciso paciência e sabedoria na análise.

Fator Lula

Várias pesquisas ao longo de 2017 mostram o Presidente Lula em crescente onda de apoio em intenções de votos, conseqüência disso intensificam os ataques a ele em jornais e nos tribunais, mas enquanto os cães ladram a caravana passa. Desta vez percorrendo as trilhas do sertão mineiro com sabor de pequi requeijão com tijolo de rapadura com mamão.

O desespero da Mídia Empresarial é tão grande que divulgam a caravana que Lula tem feito pelos grotões mineiros como um grande fiasco e tome propaganda desmentida pelas imagens postadas nas redes sociais.

Fator Marina

Marina Silva, pré-candidata da REDE, que quase chegou ao segundo turno em 2014 pelo PSB e que foi candidata pelo PV em 2010 oscila para baixo na casa dos 10% que nada mais é do recall político da última campanha, porque inventou um Partido novo, mas continua com velhas práticas, não se posiciona frente à questão política, apoiou o golpe contra Dilma e a democracia, não liderou uma oposição ao Temer. Não é a testosterona ou estrogênio que lhe faltam é projeto político mesmo que encante o eleitor no Brasil pós-golpe. Seguirá na moita torcendo por um milagre ou pelo golpe judiciário contra o PT a beneficie. 

Fator Bolsonaro

Oscilando para baixo com 13%, apareceu em 3 outubro com 18% na Paraná Pesquisas, mas mantém se no páreo vê a distancia para o primeiro lugar se ampliar, mas mantém se em segundo. Tem viajado o Brasil com seus filhos e explorando a pauta ultra conservadora de militarismo, liberação de armas e pautas da direita mais radical.   Articula se para migrar do PSC para o PEN.  Não parece contar com a simpatia do mercado encomendador de pesquisas,  mas tem pontuado entre a opinião pública de classe média e sulista. Se manter a marca na hora do voto vai ao segundo turno, se houver segundo turno.

Fator Geraldo e PSDB rachado.

Governador de São Paulo e já candidato a Presidente em 2010 contra Lula, Geraldo patina nas pesquisas entre 5% e 8 %, enfrenta uma briga interna com o prefeito Dória, e vê o PSDB se tornar perante a opinião pública o Partido mais sem credibilidade do Brasil. Ainda assim deve ser ele o candidato do PSDB e na hora do voto e da lua de mel disputará vaga no segundo turno se houver segundo turno porque São Paulo tem muito voto programado e a Mídia Empresarial joga peso na boca de urna.

Fatores Alvaro Dias do Paraná e Ciro Gomes do Ceará  

Que oscilam na  casa dos 3%  tendem a crescer ainda mais, um pela direita outro pela esquerda devem ser satélites fundamentais para os segundo turno caso haja.

No mais se a eleição fosse hoje e a democracia ainda vigorasse no Brasil Lula seria eleito no primeiro turno com Lava a Jato e tudo.

Porém não se gastam dinheiro em pesquisas só para saber o diagnóstico da opinião pública, o jogo é bruto e o cenário confuso.