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| A primavera vem ai! |
Já estamos em setembro. A primavera já espia atrás da porta. Os ipês vermelhos, brancos, amarelos já coloriram os cinzentos concretos de nossas cidades. O tempo crono e kairológico parecem brincar com os nossos sentidos e sentimentos como um poema concreto girando acelerado em meio a tecnologia cada vez mais autônoma e algorítimos criando falsas realidades paralelas. A idade da razão parece engolir seus filhos como uma censura prévia da verdade e dos fatos objetivos. O mundo sensível desaparece meio o materialismo distorcido, derretido como um ouro de tolo.
Não tem volta. É preciso decifrar os enigmas dos novos tempos acelerados e furiosos. É preciso reinventar os sentidos meio aos destroços de máquinas e a ruína humana que corroí indignados seres e se multiplicam como viroses em redes sociais.
Das catacumbas do passado invocam dogmas religiosos, falsos puritanos atacam a política em sua essência, censuram a arte e suprimem direitos humanos.
O que fazer? Reinventar as formas de resistência, recuperar os sentimentos humanos de justiça e amor, eis a saída do labirinto espiral dos tempos.
Profecias numéricas preveem o fim do mundo, a primavera chega semana que vem.
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