Pequenas crônicas do Cotidiano

o poeta observa a cidade,

Hoje é segunda-feira, o tédio acorda cedo com aquele frio de inverno. Mas a vida pede mais, os pássaros voam cantarolando num cenário cuja a paisagem é de ipês rosas, um espetáculo de pura poesia e colorido natural nos contornos de um cidade cinzenta.

Os cientistas continuam descobrindo novos planetas, Plutão pode voltar a Primeira divisão, e o Santos, sim o glorioso alvinegro praiano, corre risco de ser rebaixado, mas muita poeira cósmica passará por estas nuvens até o fim do Brasileirão, liderados por enquanto pelo Galo de Belo Horizonte, e Timão de São Paulo.

Mas hoje não um dia qualquer há 142 nascia o pai da aviação, alguém que correu riscos para fazer o mais pesado que o ar voar, e voo nunca mais foi mero sonhos da mitologia grega, Ícaro não morrera em vão, embora tenha ido um pouco longe demais em sua empolgação de subir acima do recomendado pelo seu pai Dédalo.  As palavras proféticas de Santos Dumont ainda ressoam:"Haverá, hoje, talvez, quem ridicularize minhas previsões sobre o futuro dos aeroplanos. Quem viver, porém, verá!" 
a cada pouso e a cada decolagem e enquanto os aviões continuam ganhando o céu,  as bolsas continuam caindo ninguém sabe para onde, mas o paradoxo é que  os bancos continuam lucrando. 

E parece que chegamos ao fim, ou será o começo de uma nova era? No dia do amigo EUA e CUBA relatam relações diplomáticas 54 anos depois, e a guerra fria continua sendo uma ferida aberta no Brasil que brilha na olimpíada,  apesar do pessimismo.

As manchetes de jornais trazem conflitos latente de  uma eleição que ainda não acabou porque quem perdeu não reconheceu o resultado.  1954 é talvez um quadro na memoria e olha que Agosto ainda nem chegou.  Hoje ainda é segunda-feira e resistir é preciso!