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Saturday, April 27, 2019

Casa Relicário abre em BH


INICIATIVA

Casa Relicário abre oficialmente suas portas neste sábado

Localizado no bairro Floresta, novo espaço vai promover eventos como debates, cursos e oficinas

Por PATRÍCIA CASSESE
27/04/19 - 03h00
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Proposta. Para Maíra Nassif, a Relicário tem como iniciativa promover o exercício do pensamento
Foto: Gabrieu Aulgulto/divulgação
Na verdade, o espaço já opera desde o início do ano. A partir deste sábado (27), porém, a Casa Relicário abre oficialmente suas portas com o propósito de ser um polo de fomento a iniciativas relacionadas ao campo da literatura e à produção editorial: lançamentos, cursos, oficinas, debates e rodas de leitura, por exemplo. Não bastasse, o espaço – situado na rua Machado, 155, no Floresta, em BH – atua como a sede da editora de mesmo nome, que, vale lembrar, já angariou prêmios como o Bravo!, pelo livro “Como se Fosse a Casa”, de Ana Martins Marques e Eduardo Jorge. “Ter um espaço próprio para armazenamento de livros ou para a realização de reuniões e eventos foi ficando uma questão incontornável. E veio a ideia de alugar esse espaço”, explica a editora Maíra Nassif. Para somar forças, a casa se dispôs a abrigar outras iniciativas afins. “Temos um escritório já alugado e dois para locação. E agora receberemos eventos literários. Não fazia sentido uma casa tão bonita ficar fechada apenas para o trabalho cotidiano”, conta.
Para o evento de inauguração – que tem início previsto para as 11h –, a literatura, claro, é o chamariz – ainda que haja venda de cerveja artesanal e mesa de quitutes, com antepastos preparados pela cozinheira Maria Fernanda Ambuá. “A abertura será marcada pelo lançamento de dois livros da editora, ‘Eu Nunca Fui ao Brasil’, do poeta austríaco Ernst Jandl, traduzido pela professora da UFMG Myriam Ávila, e ‘Georges Perec: A Psicanálise nos Jogos e Traumas de uma Criança de Guerra’, de Jacques Fux. Myriam e Fux, aliás, estarão lá, autografando”, diz Maíra.
Instada a falar sobre o caráter da iniciativa, em tempos nos quais a literatura vem sendo solapada, Maíra pontua que, nos dias atuais, qualquer iniciativa que promova o exercício do pensamento é uma forma de resistência. “O anti-intelectualismo vigente e o culto à ignorância estão exercendo sua face prática, de modo que é preciso, sim, algum tipo de resposta, apontando que não vão tirar de nós o desejo de construção de um futuro comum”, conclui.














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