Janio Ribeiro |
Crônica: #Itabira 112
E lá se vão 112 anos entre muitas pedras no
meio do caminho e outras tantas contradições do tempo presente, que remete ao passado como se Janus o Deus grego brincasse no Olimpo, mas continuamos
tentando ser gauche na vida...
Itabira continua sendo um retrato na parede de um twitter ou como tem sido mais moderno de um
video compartilhado no iPlhone atravez do WhatsApp, iPhone da Apple cujo presidente Tim
Cooke a anunciou ontem, que é gay com
muito orgulho e graças a Deus. È tempo de primavera de celebrarmos as várias
cores da vida, do arco iris, da diversidade.
Itabira continua lá onde sempre esteve Minas
Gerais, e se o assunto ainda é a histórica eleição de 26 de outubro, Itabira
aparece vermelha no mapa como 52% de votos para a reeleita Dilma Roussef.
Talvez uma poesia coubesse neste dia D,
talvez ainda valesse a pena acreditar em bruxas e nas poções que ainda há curar
doenças como o ebola ou a Aids, ou quem sabe sair pelo sertão de Minas a
procura do Saci danado e suas travessuras diversas.
As ações da Vale cairam, mas isso pouco
importa, Itabira respira aliviada com suas pedras de ferro pelas calçadas e
suas poesias esculpidas na memória a procura, quem sabe, de um retrato na
parede para ilustrar um perfil do facebook.
Mas pouco importa se ações da Vale cairam, a
ação que vale é a da energia poética que ainda pulsa nos fluxos da vida. Hoje
mesmo eu recitei trechos de sua poesia: Não
serei o poeta de um mundo caduco/Também não cantarei o mundo futuro/Estou
preso à vida e olho meus companheiros/Estão taciturnos mas nutrem
grandes esperanças/Entre eles, considero a enorme realidade/O
presente é tão grande, não nos afastemos/Não nos afastemos muito, vamos
de mãos dadas (Carlos Drummond de
Andrade)
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